domingo, 15 de agosto de 2010

reality configuration

Reality configuration:

you exist and will always exist
you get what you put out
change is constant

terça-feira, 20 de julho de 2010

belas tormentas
sublimes calmarias
orações choradas
entre as escarpas e as pétalas

quarta-feira, 7 de julho de 2010

avenidas de possibilidades

avenidas de possibilidades

I within: step forward, combined horizons

I within
step forward: combined horizons

(apanhando o comboio
com um livro em branco na mão)

Maya e Neptuno...
Relâmpago que exclama, e a trovoada responde...
e o vento leva... restícios de ilusão
e o vento traz...prenúncios.

vêm as ondas
e ainda se sente a electricidade na água
mas a música salva-me
é o barco que surge quando me perco em alto-mar
ela diz-me o caminho de regresso.

um corpo que dança na praia
torna-se projecção
na tela do mar contempla-se a sua silhueta
e o corpo se torna um corpo maior
o mar lhe dá efeitos especiais
e a música está escrita nos contornos das rochas

anjos negros cantam as serenatas do submundo
levam-me às cavernas onde entro nos casulos
onde deixo as peles do passado

Luz da minha transformação
Clareza da minha escuridão
a noite que és revela a luminosidade da manhã
noite límpida e radiosa

Compreensão na confusão
Trilho para a emoção

Deixa morrer, não é o momento.
Deixa-te viver, deixa passar o tempo.
Cavalga a Vida... a Vida.
Deixa que se instale o Agora.

Veneza é Varanasi
Canto no rio ganges
que percorre estas ruas
levada lavada sou na sua corrente
o canto da morte contém
todas as mortes nesta morte
o ganges saiu-me pela boca.

Maya engana, enganando-se...
Neptuno ilude, iludindo-se...
sorriem com máscaras mal colocadas
sabem ambos das mentiras um do outro

e dançam
dançam o absurdo do seu sentido
conscientes do desfiladeiro entre si
e, ainda assim, acreditando.

mas Joana D'arc... ainda está viva
e prepara o seu exército novamente
com elefantes.

Mergulho para re-encontrar as baleias
e encontro jacarés acorrentados.

Queria ver golfinhos e focas.

terça-feira, 22 de junho de 2010

o universo na pétala

linhas de água dentro de mim
purificando-me
quando permaneço na dimensão que as palavras edificaram
em vez de estilhaçar essa arquitectura subtil com mais palavras

começo a compreender
o universo na pétala

OST - o que as almas disseram

o meu Amor ecoou pelo Universo
dançando valsas pelas atmosferas
uma respiração em cada gesto e movimento
a cada momento,
o desdobrar das eras

virar de página delicado e lento
soltando o pó do tempo
fazendo das cinzas novas faíscas
pétalas suspiradas em caminhadas abertas
que revelam praias desertas

com marés de ritmos desconhecidos
onde o compasso é marcado unicamente pelos sentidos

e a viagem acontece sem horas marcadas
com incertas e imperfeitas
perfeitas linhas de partidas e chegadas

trepa pelas encostas da montanha
e desliza no canto da cascata
encontra a corrente para seres enchente
e grita ao céu por quem chamas
quem te inflama
te lança-chamas
que sobem o teu leito até à nascente.

escuta o suspiro que a eternidade grita
no aconchego do pôr-do-sol
vê a camada dourada
pintada
pelos raios da manhã

aguarda a madrugada
e guarda-a

a vida é o canto da terra

canta o seu canto
nas mornas memórias
de cada suave e delicado entardecer
dos olhares.

Há um silenciosa celebração
no refugio do recolher
e é nessa linha de horizonte
que te escolho receber

é a mesma dimensão
onde a inocência escolheu residir

onde a vida derrama sua substância
e após o ponto sem retorno,
me sinto re-encontrada.

o derradeiro início


IX - o derradeiro início

que a minha paz reencontrada
seja o instrumento de Deus,
por ser livre para escolher a Entrega.